Como a Lei Geral de Proteção de Dados afetará suas Landing Pages?

Atualizado em outubro de 2020*

Conquistar e fidelizar leads, aumentar as taxas de conversão e potencializar vendas. Como conseguir tudo isso (e ainda mais)? A resposta vem com nome e sobrenome: Landing Pages

Página de aterrissagem é a tradução literal para Landing Page mas, em Marketing Digital, elas significam muito mais do que isso, são as páginas criadas com o objetivo único de converter.

Enquanto cada uma das páginas do site contribui para formar a visão geral do negócio, tendo vinculação com um menu superior (que leva a outras páginas como institucional, notícias e contato, por exemplo), as Landing Pages são formatadas para elevar o visitante ao patamar de lead, ou seja, transformá-lo em cliente potencial. 

Para evitar distrações e garantir a conversão desejada, as Landing Pages devem conter poucos elementos e ter foco em apenas uma Call to Action (CTA) principal. A elaboração dessas páginas requer estratégia, afinal, quem quer perder o futuro lead por ter exagerado na quantidade de perguntas?

É justamente sobre o que perguntar nos formulários das Landing Pages de conversão que vamos falar nesse post. E você já vai entender o que isso tem a ver com a Lei Geral de Proteção de Dados!

Por que preciso de Landing Pages?

Quantas Landing Pages existem em seu site? Se a resposta for nenhuma, você pode até estar atraindo um número considerável de visitas para seu site/blog por ter um conteúdo interessante. 

Mas para além de dados genéricos como país, páginas mais acessadas, dispositivos utilizados para acesso, duração da sessão e forma como os usuários chegam à página, você não faz nem ideia da informação mais importante: o estágio da jornada de cada um desses visitantes no funil de vendas.

Com dados genéricos você tem apenas um elementos para formar o seu público-alvo, mas não está trabalhando com personas. 

Agora pensa com a gente: tem como conversar com números? É claro que eles são importantes, mas ter o e-mail do visitante e saber quais foram os conteúdos que ele já baixou no site com certeza são informações que importam muito mais se o seu objetivo é preparar o público para oferecer a coisa certa, na hora certa.

Benefícios das Landing Pages

De forma resumida, os principais benefícios das Landing Pages são:

  • Facilitar o Lead Scoring – é o índice que mede a pontuação dos clientes em potencial, conforme evoluem no funil de vendas. Com esta pontuação é possível passar a informação dos leads qualificados para a equipe de vendas.
  • Segmentação dos contatos – sabendo quais conteúdos já foram baixados e quais são os interesses da persona, você conseguirá ser cada vez mais eficiente na entrega de materiais que façam sentido para seus clientes em potencial.
  • Diminuir o Custo de Aquisição de Clientes (CAC) – é com Inbound Marketing (para se aprofundar no tema, baixe nosso ebook) que uma mágica interessante acontece: são os clientes que chegam até você, já com uma resposta para a sua marca ser a melhor opção para resolver determinado problema/dor. Mas para essa mágica acontecer você precisa guiar seus Leads e fará isso justamente com as Landing Pages!

Landing Pages e a Lei Geral de Proteção de Dados

São especialmente às perguntas das Landing Pages que conversam de perto com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que já está em vigor desde agosto deste ano.

A Lei 13.709/2018 estabelece regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, impondo mais proteção aos usuários e penalidades para as empresas, caso não cumpram os requisitos legais.

Inspirada na GDPR européia, a Lei Geral de Proteção de Dados regulamenta o uso de dados pessoais e, por conta dela, passa a ser obrigatório que as empresas informem com clareza sobre a finalidade da coleta dos seus dados.

Na prática, isso significa que se você pediu nome e o e-mail para enviar um material específico, não poderá aproveitar que o usuário se cadastrou para encaminhar outros materiais. A menos que o lead concorde com isso (por escrito, e essa também é uma determinação da Lei!).

Além de conceder permissão, o visitante terá direito de solicitar que suas informações pessoais sejam removidas e de saber quais informações suas estão sendo armazenadas pela empresa.

Se você está se perguntando se este seria o fim das Landing Pages, nossa resposta é não. Será, na verdade, o início da construção de uma base de dados com leads mais qualificados.

Somente informações necessárias

Você realmente precisa saber quantos funcionários têm a empresa onde o lead trabalha? Se dados profissionais forem relevantes, peça apenas o cargo e o site da empresa. 

Com essa resposta, você mesmo poderá navegar pelo site para descobrir a área de atuação e o tamanho da empresa (se esses dados forem importantes para a sua estratégia).

Ações estratégicas

Com a LGPD o que muda é que será necessária uma estratégia para cada uma de suas ações. A coleta de dados pessoais (aqui entra toda e qualquer informação que identifique ou que possa vir a identificar uma pessoa) não passou a ser proibida com a lei em vigor, mas essas informações agora precisam ser tratadas com muito mais rigor e responsabilidade.

Primeiro você pensa sobre o que realmente precisa perguntar e não mais pergunta uma dezena de coisas porque acha que essas informações poderão ser importantes depois.

Nesse processo, os desdobramentos são positivos: o usuário não ficará desconfiado por conta da quantidade de perguntas e nem desanimado com o tempo que as respostas lhe tomarão. 

Aliás, rolar a barra de rolagem pode fazer com que o visitante desista de baixar o Ebook.

Coletar dados por meio de Landing Pages não se tornou proibido

A LGPD aborda nove situações em que o tratamento de dados é lícito. Pensando na coleta de dados por meio de Landing Pages, duas ganham destaque: o fornecimento de consentimento e o legítimo interesse.

Para o consentimento do usuário, a empresa ou organização já deve começar (se ainda não o fez) a incluir em suas Landing Pages (a Lei está em vigor desde agosto e, já está contando um período de adaptação de 18 meses) opt-ins ou formulários que dêem conta de coletar e registrar o consentimento explícito do titular dos dados.

Com isso, o usuário não é só ser informado, mas tem a liberdade de engajar ou não. Este é um bom momento para testar, por exemplo, quais formas funcionam melhor para solicitar o consentimento dos seus leads: uma pergunta geral como “você aceita receber nossos conteúdos em sua caixa de e-mail?”, acompanhada de um checkbox sem pré-marcação ou, a mesma pergunta, mas com opção de o usuário assinalar “sim” ou “não”?

Exemplo notificação LGPD netshoes

Aliás, outras perguntas importantes cabem neste momento:

  • Você já fez a revisão de todos os dados que sua empresa ou organização tem armazenados hoje e como eles foram conseguidos?
  • Sua base de leads é formada por pessoas que realmente concordaram em estar lá?
  • Já mapeou todas as fontes por onde você coleta dados para poder inserir ou reformular os textos dos seus opt-ins?
  • O caminho para parar o usuário parar de receber informações está tão fácil quanto é para entrar na sua base de contatos?

Uma relação de transparência com os usuários é fortalecida ainda pelo acesso facilitado às políticas de privacidade da sua empresa, ponto que também integra o processo de adequação à LGPD e deve constar em suas Landing Pages.

Outra hipótese que autoriza o uso dos dados é o legítimo interesse do controlador. Nesse caso, os dados pessoais podem ser tratados para finalidades legítimas, consideradas a partir de situações concretas (aqui, um bom exemplo é o armazenamento de informações comerciais para emissão de notas fiscais, desde que os dados sejam utilizados unicamente para esta finalidade e que se respeite o prazo legal de armazenamento).

Informação mais importante

A pergunta de um milhão de dólares das Landing Pages continua sendo o e-mail do visitante. É com esse dado que você começará a guiá-lo pelo funil de vendas. Sem dúvida, agora deve ficar mais claro para o visitante que você estará fazendo isso. E assim ele se torna totalmente livre para escolher receber somente o que deseja receber.

Pense na LGPD como a oportunidade que chegou para você rever as suas Landing Pages, para trabalhar o refinamento da sua base de contatos (mantendo apenas quem está engajado) e, com isso ser mais assertivo e fazer as taxas de conversão crescerem.

E não são só as Landing Pages. Todas as estratégias de marketing agora podem ser repensadas e a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados pode, inclusive, ser trabalhada neste momento como um diferencial competitivo.

Como nosso assunto aqui são as Landing Pages, nosso último recado é para que você não esqueça das questões que não impactam diretamente na Lei Geral de Proteção de Dados, mas que auxiliam no processo de conversão:

  • Título
  • Imagem
  • Cores
  • CTA

Se quiser entender sobre como esses elementos funcionam na prática, não deixe de ler o Ebook Landing Pages na Prática, fruto de uma parceria que fizemos com a Resultados Digitais.

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